A maternidade ... a melhor escolha que fiz na vida!


Hoje venho falar-vos da maternidade, isto porque como tudo na vida, nem sempre as coisas correm bem, nem sempre o Mundo é cor-de-rosa e há sempre o outro reverso da medalha.
Há quem diga que quando o nosso filho nasce, nasce logo o instinto maternal, não é verdade ... pelo menos no meu caso não foi. Quando a minha filha nasceu senti que a amava, mas, senti acima de tudo medo: medo de falhar, medo de não ser capaz de cuidar de um bebé tão pequeno.
Se pensamos que sabemos logo tudo, não sabemos. Não sabemos porque está a chorar; se é de fome, de sono, ... Mas aos poucos vamos aprendendo a decifrar isso.
Costumo dizer que, quando a minha filha nasceu, nasceu uma mãe com ela e, foi ela que me ensinou tudo o que sei hoje.
A esta hora, há quatro meses atrás nascia a minha filha. Por muito que tivesse idealizado o momento do parto, nada correu como eu sempre quis. Não assisti ao nascimento da minha filha, e o pai também não. Não temos fotografias do parto.
E, para além do pós-parto que não foi nada fácil, senti que me mentiram em relação à maternidade. Para além de sentir que não seria capaz de cuidar de um recém-nascido, senti pressão à minha volta;  ora para não dar demasiado colo porque a habituava mal, ora para não dar constantemente mama porque fazia da mama chucha, ora porque a iria habituar mal porque fazia isto e aquilo.
Senti o desconforto da subida de leite e em amamentar (uma semana depois amamentava sem dor!! e passou a ser a melhor coisa do Mundo).
E por isso digo, não, a maternidade nos primeiros tempos não é algo maravilhoso. Não é maravilhoso para o casal, mas principalmente para a mãe. Isto porque, para além da privação de sono, temos um ser pequenino que precisa de nós 24h por dia. Precisa do nosso colo, do nosso conforto, do nosso cheiro ... e deixamos de ter tempo para nós.
Mas, como tudo na vida, tudo passa.
Eu habituei-me. Habituei-me a dormir 3h/4h por dia, no primeiro mês e meio de vida.  Aos dois meses a ML já dormia a noite toda.
Eu aprendi. Aprendi a decifrar o choro da minha filha. Aprendi a não dar ouvidos às pessoas à minha volta. Aprendi a ouvir o meu coração.
Nunca deixei de dar colo. Nunca deixei de dar maminha, porque fazia da mama chucha (não fazem da mama chucha, a sucção nutritiva é super importante para o bebé, para o conforto e auto-regulação). Nunca a deixei chorar para a ensinar a dormir (nunca façam isso!!! se o bebé chora é porque precisa de nós, ele ainda não fala e só se consegue exprimir chorando). Nunca deixei que lhe dessem suplemento (não cedam à primeira tentativa!!), acreditem que quanto mais o bebé for à mama mais leite irão produzir. Questionem os profissionais de saúde, sempre, não se sintam envergonhadas!
Mas, acima de tudo, ouçam sempre o vosso coração, nunca ponham em causa a vossa capacidade para cuidar do vosso bebé. Não há ninguém melhor para o fazer. Nós temos tudo o que o bebé precisa!!! Acreditem!
E não, não são menos mães as que dão leite artificial, não são menos mães as que introduzem a alimentação complementar aos quatro meses, não são menos mães as que dão chucha ao bebé ... somos todas mães, que queremos o melhor para o nosso filho. Somos as melhores mães que conseguimos ser!!!
Hoje, faz quatro meses que a minha vida mudou para bem melhor, e apesar de saber que a maternidade não é cor-de-rosa, foi a melhor escolha que eu fiz na vida!!! Por isso, para quem ainda não é mãe, não se assuste ... a maternidade não é um filme romântico (no início), mas também não é um filme de terror. Acreditem, aos poucos vamos entrando no romantismo da maternidade e vamos deixando para trás todos os nossos fantasmas, medos e inseguranças ...
E, como hoje a minha pipoca faz quatro meses, aproveito para agradecer à vida, por ter a filha mais linda e perfeita (os nossos filhos são sempre os mais bonitos). E, posso dizer que, estou super orgulhosa na mãe que hoje sou, sou a melhor mãe que consigo ser, mesmo com as minhas falhas ...
Digam-me desse lado: para quem é mamã quais os maiores obstáculos sentidos na maternidade e, às futuras mamãs quais são os vossos maiores medos?!
Obrigada por estarem desse lado, de❤.



 

Comentários

  1. No dia em que não falharmos é sinal que já não há nada para aprendermos . Ninguém gosta de falhar muito menos aos filhos , mas algum dia acontece , se só falha quem tenta. Só tens de ser tu própria , e a tua menina irá amar-te sempre !

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